mercoledì 10 novembre 2010
O Refúgi da Árvore
Amanhã desperta e como seus raios se levantam eu os acompanho. Toco a parede e apoio a cabeça no vidro da janela, e ele me mostra o que eu penso inevitavelmente. Longe dos campos, em meu jardim, espera esta arvore, que muitas vezes no inicio da primavera sentei-me alí e contei incontaveis nomes para o que eu sentia, gravei em seu tronco o desespero de minhas feições que não consegui conter.
Cada dia que a vi depois daquela morbida primavera, onde nem as flores e os cantos me levavam longe para um lugar mais belo, murchava, se inclinava, contorcia-se e enrugava, perdia uma a uma suas folhas, manchandoas com doença ocre;
E me pergunto sempre, teria eu com minha dor criado uma maldição? Feito adoecer o ombro que me afoguei? Teria sido a culpa minha?
Não, não era culpa minha, se agora quase todas as folhas jasiam no chão; Mas o erro sim foi meu, pois perdida no meu silêncio não vi o tempo passar e não percebi que agora quem se adormentava tranquilo no leito de meu refúgio era o outono.
Isabella Forti
5/11/10
Feliz aniversário papai.
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