O que é a morte?
É um simples parar de bater de um coração? Tão banal assim? Tão sem nexo? Existem culturas que comemoram quando alguém se vai, elas comemoram isso? Algo tão sem sentimento?
È a tormenta intensa da tempestade ou sua calmaria depois do dilúvio?
Será a fina linha entre o existir e não?
E se é assim tão simples quando o saltar de uma respiração pode ser também o fim de algum pensamento.
Rotular de pequeno só por que se passou a um bom tempo é normal?
Esquecer assim em um estalar de dedos como uma lembrança que diminui a medida que o tempo passa?
Não a morte é bem maior. Como o sentido da vida varia de pessoa para pessoa a morte é aquilo que todos temos em comum. A morte aproxima ou divide, depende das possibilidades. A morte com ganância é diferente da simples morte.
Morte é sem sentindo, é o fechar de um respiro quando o espírito vai embora.
É o fechar de uma onda que se dissolve. Alguns dizem que a morte é o inverno, outros falam que é o outono. A morte para alguém pode ser o despertar em outro posto. Talvez o desmaiar longo de um desgosto.
O final da viagem quando as velas se abaixam e o barco atraca no porto acorrentado, a morte pode ser isso, a prisão.
Morte também é quando o espírito vai embora, por que não tem mais lições para aprender. È quando sua alma já não esta mais completamente em seu corpo, já que o corpo às vezes é a alma e que quando em vida elas foram uma só. Hoje o corpo vive nos braços da grande mãe e a alma na lembrança das lágrimas e nos sopros distantes do envolvente deus azul céu.
Morte desagradável é aquela que vem do nada, aparece rápido e leva sem piedade o que quiser, tal como o falcão em sua caça. Morte lenta é aquela que aterroriza, te espreita como uma onça até sem previsão ataca, você é ingênuo e sabia apenas que ela estava lá, não que iria atacar.
Morte para o mundo seria o escuro, que não chega para todos no mesmo momento, mas chega.
Morte para mim é o floco de neve que derrete, lamentável, mas inevitável.
Isabella Forti
25/04/10
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